segunda-feira, 12 de maio de 2014

Quando eu era Menino, I Cor. 13

“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” (I Cor. 13:11).
Hoje vamos estudar sobre amadurecimento. O apóstolo Paulo estava falando de amor quando citou estas palavras. Mas, o que o amor tem a ver com amadurecimento??
Amadurecimento nada mais é do que deixar as coisas de menino. É priorizar a escala do equilíbrio na escola da vida. Amadurecimento é fortalecimento, e crescimento na arte de viver.
Quando crianças só entendíamos de brincadeirinhas e de outras coisas daquele tempo… Entendíamos quase nada sobre a natureza, as coisas, a política, economia, ciência e religião… nada destas coisas. Mas, a partir da adolescência e juventude vamos deixando as coisas de menino (nem todos) e, passamos a buscar novos horizontes, novos sonhos e novos projetos de vida, não é verdade? Na vida espiritual também é assim!
O Apóstolo Paulo falava à igreja de Corínto, a qual dava mais valor ao conhecimento e aos dons espirituais do que ao amor. Ali ele dissertava sobre o amadurecimento, um mudança de postura espiritual, pois o amor é eterno e as outras coisas são passageiras, são temporais como as velhas coisas de menino.
Em outras palavras Paulo ensinava àquela igreja que era chegada a hora do amadurecimento. A ênfase ao AMOR é o caminho mais excelente. O amor é um pequeno gesto para o próximo, a única chance de mudança para o mundo, e um grande passo para a eternidade.
“AINDA que eu falasse as LÍNGUAS dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o DOM DE PROFECIA, e conhecesse todos os mistérios e toda a CIÊNCIA, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
Quando conhecemos em parte e não descobrimos o novo deixamos de ter o privilégio de descobrir o que realmente interessa, que é o AMOR. Por isso, como meninos, podemos vagar por todo o vento de doutrinas, dando ênfase ao que não vale mais que o dom de amar.
Tantas igrejas dando todas as suas forças em favor dos dons de línguas ou dos dons de proetizar, por exemplo que se esquecem totalmente de amar. Esquecem de crescer (na fé). Esquecem de amadurecer, esquecem da eternidade, dando valor ao que é temporal, algo que vai passar.
Quando meninos entendíamos apenas de brincadeiras, diversão e já sabíamos algumas coisas sobre família, sociedade e também sobre o bem e o mal. Mas, entendíamos apenas em parte.
Como disse Paulo:
“Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.”
Quando meninos gostávamos de leite, disputávamos corridas, vivíamos atrás de emoções extremas. Os olhos brilhavam!!!
Não obstante a “um tempo bom que não volta mais”, os perigos desta vida de menino só eram mitigados por causa dos olhares atentos de nossos pais. E, é ai que merecemos refletir:
-         Talvez não queiramos deixar de ser meninos; ou
-         Não precisamos mais dos olhares de nosso Deus sobre nós;
As nossas decisões nos farão seguir o caminho da bênção ou da maldição.

Como ser maduros na atitude e na fé

O apóstolo Paulo soube muito bem definir as fases de sua vida. Ele foi menino, falava, pensava e discorria como tal, mas depois dessa fase ele passou a ser homem.
Ora, quantos adultos a gente ainda pode vê nos dias de hoje, falando e também vivendo como meninos ou meninas, tanto nas emoções quanto na fé?
Nós vemos pessoas que deixaram as famílias por questões de intrigas infantis. Sofrem a vida toda procurando um sonho, às vezes nunca alcançado. Tanta utopia sem um propósito correto segundo a Palavra de Deus!…
Ora, coisas de menino como sonhar com viagem à lua, sonhar com projetos de outro planeta. É como viver nas nuvens em busca de um “olha, eu tô aqui” como que tivesse que suprir algo emocional que não foi suprido lá na infância… Querendo atrair a atenção para si, em vez de espalhar a atenção do reino de Deus pelo mundo. A rotina de muitos jovens cristãos nos dias de hoje é disputar eventos sem propósito do reino de Cristo. Era o que fazia o menino Saulo, disputa por um orgulho de sua religião. Que feio!!…
Casamentos que nunca deram certo ou que vivem em crise eterna são reflexos de “meninices” dos cônjuges. Há jovens que já experimentaram mais de 10 casamentos em menos de 10 anos, e hoje vivem divorciados, longe do caminho do céu, atropelando a tudo e a todos por conta de coisas de menino não resolvidas na alma, e que não desejam desapegar jamais!
Podemos ver casais que se separaram por causa de prioridades que davam às redes sociais, vaidades as quais idolatravam e invertiam os valores dos relacionamentos. Preferiram as brincadeiras, a vaidade ou o narcizismo em troca do AMADURECIMENTO. Até hoje podemos ver pessoas que destroem as suas amizades e relacionamentos por conta de “meninices” e falta de sabedoria emocional e espiritual.
Mas, voltando ao nosso apóstolo Paulo, vamos refletir no seguinte:
… logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino…”

A Infância e Juventude do Apóstolo Paulo.

Paulo, de Tarso, era um menino de descendência judaica, da linhagem de Israel, tribo de Benjamin (Fil. 3:5), apesar das coisas da idade, a cultura familiar influenciava fortemente a formação daquele menino. Saulo, como era chamado, apesar das coisas peculiares da infância, tinha os seus momentos de relevada seriedade. Ele lia na Sinagoga desde os 5 anos de idade como todos os meninos de sua cultura, era estudioso da Lei e mergulhava aos poucos na história, nos costumes, na língua e na religião de seu povo também.
Na adolescência, aprofundou ainda mais seus conhecimentos na Escola de Gamaliel, uma escola rabina de elevada influência entre os fariseus. Nesta escola ele decidiu dedicar-se à arte de fazer tendas de tecido de pelo e cabra, uma verdadeira indústria de sua época. Mais tarde, a renda deste trabalho faria uma grande diferença na sua vida missionária. (Ler também o artigo “A Carreira do Apóstolo Paulo neste site).
Após a sua formatura, lemos no livro de Atos que ele retornou à Jerusalém, e, por força da cidadania, passou a dedicar-se absolutamente na perseguição da igreja de um tal de Jesus, lá de Nazaré, ao qual seu próprio povo resolvia seguir, porém, violentamente combatido pelos religiosos e intelectuais. Saulo era um deles. (I Cor. 15:9).
Segundo a escola que Saulo estudou, e segundo a tradição religiosa de sua época, os “hereges” (cristãos como o missionário Estevão, levado à morte por apedrejamento, que foi uma verdadeira aula de horror a céu aberto, assistida pelo menino Saulo) deveriam sofrer e desaparecer da face da terra. Ora, tanto conhecimento para enfatizar a morte de irmãos? (Atos 7:60).
Contextualizando, a ciência não é o mais importante para o reino de Cristo. Assim como os dons espirituais não tem valor algum sem a arte de amar.
Pensando fora da caixa, às vezes estuda-se tanto, deseja-se tanto conhecimento, tanta cultura, tanta letra e, tanta letra… que nem percebe-se que a própria letra, assim como a ignorância, pode vir a tornar-se cega e homicida. Só o espírito pode devolver a fé e a vida.
Às vezes estuda-se tanto a Bíblia, fala-se tanto em línguas, desvenda-se tanto mistério, profetiza-se tanto, e tantos outros métodos religiosos e coisas temporais são exaustivamente empregadas pelas instituições religiosas, que, INFELIZMENTE a igreja não dispõe mais de tempo para o MAIS IMPORTANTE que é AMAR e pregar o evangelho do reino de Cristo POR ESSE AMOR. E, pasmem, esse é o verdadeiro propósito da palavra de Deus!
Não se prega o evangelho por falsos interesses, PREGA-SE POR AMOR!
Mas, no caso intelectual de Saulo, a sua inteligência o fazia esquecer do amor e da vida, preferindo a altivez de seu partido político em vez da humildade de seu coração.
O próprio Paulo escreveu sobre isso, quando mais amadurecido:
O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.” (II Cor. 3:6)

O Tempo de amadurecer chegou!

Filhinhos, chega a hora em que devemos deixar de brigar por carrinhos ou bonecas. Chega o dia em que devemos aprender humildemente a ceder lugar para os outros em vez de continuar “apostando corridas’ como meninos. É chegado o dia de seu amadurecimento!
É hora de parar de brigar por microfones, púlpitos, unção e dons espirituais nas igrejas. Lembre-se: Paulo ensinou que sem amor dom nenhum faz sentido na vida. (I Cor. 13).
E, em casa? Na família? Ora em casa, é hora de parar de disputar por elogios, por posições, por dinheiro, por bens, posses, herança, direito de primogenitura, por fé, etc. É chegado o tempo de amadurecimento na sua casa também em nome de JESUS!

Brasil, não adianta ser cristão, tem que ser adulto na fé

Quando criança às vezes precisamos ser disciplinados (sabiamente) pelos pais. É uma forma da criança sair da rebeldia peculiar à idade e avançar para o crescimento moral, da ética e da cidadania.
Hoje, infelizmente, em nosso país vemos muitos “meninões” de 20 a 50 anos de idade depredando os bens públicos nos grandes e pequenos centros, levando a sociedade a prejuízos inconsequentes e irreversíveis como a morte de inocentes, por exemplo nos estádios, nas via públicas, nos ônibus, etc. E ainda julgam-se “fortes” ou “intelectuais” por isso?? Não são poucos os jovens cristãos que às vezes são influenciados por estes “movimentos” do diabo.
Sabe qual é o problema? Carência. Carência de atenção, carência de orientação dos pais; falta de ensino e de sábia disciplina lá na infância. Inseguro, na juventude, o jovem não deseja mais ouvir a sábia voz de seus pais, considerados por ele como “ultrapassados”, e o resultado disso, geralmente é a perdição, escravidão da mente ou do corpo, reclusão social ou a até própria morte, levando centenas de mães ao pranto em nosso país. Mas, a verdade é que cada dia deve ser um dia de amadurecimento. Forte não é quem destrói um reino pela força de seu braço. Forte é quem o constrói sem guerras como Jesus fez!
Ah, e para os “intelectuais”, digo, Jesus não deixou um legado de guerra e, sim um legado de amor, de paz e de justiça, legado esse, que hoje tem sido subvertido pela ignorância dos “sábios”.
Salomão já ensinava:
Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe,
Porque serão como diadema gracioso em tua cabeça, e colares ao teu pescoço.
Filho meu, se os pecadores procuram te atrair com agrados, não aceites
Se disserem: Vem conosco a tocaias de sangue; embosquemos o inocente sem motivo;
Traguemo-los vivos, como a sepultura; e inteiros, como os que descem à cova;
Acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos as nossas casas de despojos;
Lança a tua sorte conosco; teremos todos uma só bolsa!
Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; desvia o teu pé das suas veredas;
Porque os seus pés correm para o mal, e se apressam a derramar sangue.
Na verdade é inútil estender-se a rede ante os olhos de qualquer ave.
No entanto estes armam ciladas contra o seu próprio sangue; e espreitam suas próprias vidas.
São assim as veredas de todo aquele que usa de cobiça: ela põe a perder a alma dos que a possuem. (Pv. 1:8-19).

Os olhares de Deus garante uma vida com propósitos

O Apóstolo Paulo, ainda não conhecia a Jesus como Deus, foi necessário que o próprio Jesus se manifestasse a ele pessoalmente. Saulo, não sabia mas estava sendo “grampeado” pelo céu. Chegaria a hora de uma intervenção divina para levá-lo ao caminho certo!!
Em uma de suas perseguições aos judeus que se entregavam ao cristianismo, o arrogante, blasfemo e violento Saulo na terra foi interrompido pelo céu. A altivez religiosa, o homem religioso, o homem natural precisavam cair do cavalo para render o verdadeiro conhecimento aos propósitos corretos da Palavra de Deus. Saulo era doutor em tudo, menos em Jesus.
“Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?” (Is. 43:13).

O amadurecimento do Apóstolo Paulo

Em Atos Capítulo 9, podemos ver que a meninice de Saulo o levou às mais impensadas tragédias de sua história.
Ao chegar o amadurecimento, Paulo, como conhecemos hoje, finalmente cresceu, largou de mão a rebeldia de seu coração e abandonou as filosofias sem propósitos.
Hoje esse verdadeiro apóstolo é um dos maiores exemplos de vida para a igreja de cristo e até para a humanidade!!

Conclusão

Devemos imitar a Paulo, deixando de ser meninos, nos entregando aos cuidados e dependência de Deus.
Deixar todos os ensinos de engano, e seguir os propósitos corretos da vida, foi o passo mais inteligente que Paulo deu em toda a sua história! Nos deixou em excelente legado de compaixão, fé, perseverança e, sobretudo o amor. Exceto a morte na cruz pela humanidade, uma verdadeira imitação daquele verdadeiro legado já deixado pelo Mestre JESUS!!
Jesus disse uma vez: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás.” (João 1:50)
Paulo, ainda Saulo, foi um menino dedicado à família, aos estudos e à sociedade. Ele era um homem muito sábio para a sua cultura, menos para a cultura do DE AMOR do reino de Cristo, até que um dia ele cresceu, deixou de ser menino.
Reflexão
“Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens… e não segundo Cristo”(Colossenses 2:8).
Até a próxima!

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